sexta-feira, 27 de junho de 2008

Deus e tu

Só Deus pode criar, mas tu podes valorizar o que Ele criou.
Só Deus pode dar vida, mas tu podes transmiti-la e respeitá-la.
Só Deus pode dar saúde, mas tu podes orientar e guiar.
Só Deus pode dar a fé, mas tu podes dar o teu testemunho.
Só Deus pode infundir esperança, mas tu podes restituir a confiança ao irmão.
Só Deus pode dar o amor, mas tu podes ensinar o teu irmão a amar.
Só Deus pode dar a paz, mas tu podes semear a união.Só Deus pode dar a alegria,Mas tu podes sorri a todos...
Encontrei este poema no blog, http://www.cont-arte.blogspot.com/. É bonito e podes lê-lo mais completo. Aventura-te no blog e descobrirás coisas bonitas como eu as encontrei.

Que valores..?!

Crescemos, construímo-nos, tendo por base a dimensão experiencial. A nossa relação com Deus vai-se cimentando a partir do que vivemos e experienciamos.
Neste momento, o homem já não vive, não sente a presença de Deus que se revela no mundo que nos rodeia. Perdeu esta certeza. A evidência desta discreta presença de divina foi-se desmoronando até dar lugar ao seu oposto: o silêncio de Deus.
Mas, ao homem do ocidente não falta a sua dimensão religiosa. Proliferam bruxas, videntes, astrólogos, curandeiros… Os sociólogos falam de um «regresso da religião». Floresce a «religiosidade mágica, difusa e seculares», com manifestações em correntes como a New Age; a sacralização de realidades como o desporto, os nacionalismos, o culto do corpo.
Este facto deve-se a uma transformação das experiências de limite. Muitas destas experiências humanas em que se compreendem os nossos limites de criaturas (vida, morte, sobrevivência…) sofreram uma profunda transformação causada pelo contexto urbano e pela sociedade da técnica e do consumo em que vivemos. Não se sai para caçar com o risco de voltar com as mãos vazias ou ser caçado, não se vai ao curral com um cutelo e degolar, limpar e cozinhar uma ave doméstica. Tudo encontramos no supermercado, pronto a ser adquirido.
A questão reside no facto destas experiências serem a base mais comum para as chamadas “experiências do mistério”, pois ao colocarem em risco a própria vida, ao fazer-nos experimentar a nossa pequenez, serviam de trampolim para a transcendência e exigiam um fundamento último, que desse sentido e esperança ante essas vivências.
Estas breves linhas escritas até aqui, focam uma realidade actual e que se repercute na educação que estamos a dar às crianças, homens de amanhã.
Tudo isto vem a propósito de o Tribunal de Lisboa ter proibido a RTP de emitir antes das 22:30 a corrida de touros… Existe incoerência na decisão. De facto, numa tarde, a televisão ou a Internet quando acedida, mostra muito mais violência, crime, engano e miséria.
Nesta tentativa de resguardar as crianças por um lado e por outro, surgir descuidos na educação, leva-as a andarem perdidas e a virem, um dia, mais tarde, a questionar que valores a defender? Que experiências a valorizar e a condenar?
Tudo se reflecte depois, na relação com o transcendente, onde não há relação. Pois essa relação com o transcendente – Deus na pessoa de Cristo – constrói-se a partir das experiências e relações humanas que efectuamos e construímos. Que ideia de Deus se formará em nós, se perdemos todas as referências dos valores a defender na relação com o outro?
Andamos perdidos num mundo a caminhar para uma anarquia de valores, onde não há coerência no agir, no pensar, no relacionar. Perdeu-se referências! Onde encontrá-las?
Eu digo-vos: na pessoa de Jesus Cristo. Desafio-vos a conhecê-l'O na verdade.