segunda-feira, 15 de março de 2010

Pinceladas para o futuro...


Decorreu no passado dia 13 de Março, um encontro, cuja temática foi, Portugal Abaixo dos quarenta: sonhando uma história do futuro.

N’Uma nova palavra, um novo olhar, com a presença do Pe. José Tolentino Mendonça, Ricardo Araújo Pereira e Joana Carneiro, deixam-se algumas pinceladas dos três, na sua ordem inversa.

“A minha profissão é música, toco a Orquestra”. É “brutal” aprender estas coisas: o de dirigir.
Praticar em conjunto é complexo, exige uma aprendizagem contínua, onde se inclui a disciplina. Esta não é exclusiva à música, mas extravasa para outras áreas.
É um exercício contínuo de dar e receber. Saber dar e receber, e ir ao encontro daquele que se lhe apresenta.
Sozinha, não consigo fazer nada.
Cada interveniente na orquestra tem o seu tempo único. Os músicos que compõem a orquestra querem ser inspirados. Isso é liderar. Confiança, fé e imaginação são elementos para superar as dificuldades.
Há uma beleza constante à nossa volta; o difícil torna a vida muito melhor; “…que sorte fazer parte desta criação”
A música é um meio de alcançar o não terreno.

Hoje é um insulto para mim pensar pela positiva, pois foco a negativa.
Tomo o pequeno poema de Idília Lopes, que é a metáfora da minha vida: “os meus gatos gostam de brincar com as minhas baratas”.
O riso ou comédia distorce a realidade de forma grotesca, mas devolve-a com maior claridade.
O meu trabalho consiste em identificar leopardos (citando um aforismo de Kafka).

Olho a realidade com espanto naquilo que as pessoas são.
Sonho um país em que todos chegam a mestres.
Cito Idília Lopes, tal como Ricardo Pereira, “Eu sou uma obra dos outros”

Vemos Deus um olhar que completa o que se cria, “e viu que tudo era bom!”
“O mais difícil do olhar, é o óbvio”, Óscar Wilde
O nosso olhar só cresce, se sair para fora de si. A conquista da exterioridade é o primeiro passo para a conquista de si. A cura é um processo. O Olhar é um processo, requer um caminho para a perfeição do mesmo olhar.
A percepção adquire-se nos outros. A sinceridade como elemento central deste processo, para que o olhar, o verdadeiro olhar aconteça.

No meio deste leque de pinceladas desconexas, finda-se com este pensamento:

“É o momento de os cristãos viverem na fantasia da realidade”

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