domingo, 18 de abril de 2010

Mensagem de Fátima é actual

Fui ouvir uma pequena palestra, proferida pela Ir. Ângela, cujo tema foi: Bento XVI em Fátima: crise actual à luz da mensagem de Fátima.

As aparições são filhas da crise, e realmente vejo isso em Salette, em Lourdes, em Pontman, em Fátima, em Beauring, em Banneux...

A Ir. Ângela ajudou-me a mergulhar em algumas das características da crise actual, focando o super-individualismo, a ausência de referências exteriores, o relativismo, a ausência de motivação e ausência de sentido.

Estas características foram contrapostas com os aspectos que trazem a mensagem de Fátima, como a centralidade de Deus, a referência externa ausente na sociedade actual, bem como um relativismo que impera, onde só conta o individuo em si, na sua hierarquia individualista.

Um outro aspecto, é o compromisso. Hoje sentimos que a sociedade em geral foge do compromisso. Este passa pelo que Deus quer de mim, em cada momento. "O que Deus quer é o que eu tenho de impõr a mim mesmo para cumprir a vontade de Deus", no meu estado de casado, ou de consagrada, ou de sacerdote, ou de celibatária(o) no mundo, ou ou ou...

O sentir-se amados conduz-nos para todo o lado, podemos tudo. Eis a motivação de um cristão : sentir-se amados de Deus. Numa sociedade onde impera a ausência de motivação, ser cristão motivado, marca a diferença.
Outra ausência na sociedade actual é o de sentido. Em Fátima, esse sentido é a santidade, o céu. Vemos nas crianças, em especial na Jacinta Marto, que tem o seu sentido de vida: o céu.

"A Senhora da Mensagem parece ter, com uma perspicácia singular, os sinais dos tempos, os sinais do nosso tempo" (João Paulo II)

"Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará", é a causa da nossa esperança.

Nestes tempos conturbados, é bom ouvir estas boas novas e sermos interpelados de como estamos a ser cristãos hoje.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Martires hoje!

Por se negarem a converter-se ao Islão, um casal cristão foi alvo de brutal violência por parte de extremistas muçulmanos, que aparentemente agiram com o apoio de polícias. O homem, Arshed Masih, foi queimado vivo e sua esposa, Martha Masih, violentada, enquanto seus três filhos, com idades entre 7 e 12 anos, foram obrigados a assistir a seus pais serem brutalizados.

O terrível episódio ocorreu no dia 19 de Março em Rawalpindini, próximo da capital paquistanesa Islamabad, na propriedade de Sheikh Mohammad Sultan, um empresário muçulmano rico, para quem Arshed e Martha Masih trabalhavam.

Segundo a AsiaNews, em Janeiro líderes religiosos fundamentalistas e Mohammad Sultan impuseram a conversão forçada de toda família Masih ao Islão. Diante de sua recusa, os extremistas prometeram-lhes “terríveis consequências”.

Em razão das ameaças, Arshed Masih manifestou sua intenção de deixar a propriedade de seu empregador com a sua família, mas Sultan prometeu “matá-lo” caso tentasse.
Na semana passada, as tensões acirraram-se quando Mohammad Sultan accionou a polícia para reportar o suposto roubo de 500 mil rúpias (cerca de 6 mil dólares) da sua casa, acusando a família Masih de envolvimento e exigindo, mais tarde, que se convertessem para que a queixa fosse retirada. Mais uma vez, o casal recusou-se.
Na sexta-feira passada, o casal foi finalmente atacado por um grupo de extremistas que, de acordo com fontes locais, incluía diversos polícias. Enquanto parte do grupo ateava fogo ao corpo de Masih, alguns dos oficiais de polícia violaram Martha.

Arshed, de 38 anos, permanece internado em estado gravíssimo no hospital da Sagrada Família de Rawalpindi, onde também se encontra a sua esposa Martha. Ele tem mais de 80% do corpo queimado e, segundo os médicos, “tem poucas chances de sobreviver”.
O governo da província de Punjab ordenou uma investigação sobre o ocorrido. “Os culpados serão presos”, garantiu Rana Sanaullah, ministro da justiça do governo local.

Após o crime, diversas manifestações de protesto por parte da comunidade cristã foram registadas nos arredores de Rawalpindi e Lahore.

Que testemunho hoje, nesta sociedade portuguesa e mundial onde nos inserimos, onde sentimos os valores cristãos, muito "humanos", atacados?

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Há jornalistas que marcam...


Ser cristão é estar no mundo, mas não ser no mundo.
Encontrar esta consciência entre os profissionais de informação é raro. Contudo há gente que marca.

Inundados constantemente e ao minuto por informações e notícias tão variadas, veiculadas pelos diversos orgãos de informação (televisão, rádio, jornais, internet), necessita-se ter critério de selecção tanto da parte receptora, como da emissora.

No mundo dos mass-media, a concorrência é feroz e devido a isso, os que pertencem a este meio ultrapassam os limites razoáveis do que é informar.

Não admira que surjam vozes a alertar para esses limites. Desta vez foi o bispo, D. Ilídio Leandro. Ele afirmou que "alguma comunicação social anda, permanentemente, a tentar descobrir o que corrompe, o que escraviza, o que escandaliza e envergonha, o que mata... Alguma infomação parece que prefere descobrir, na vida das pessoas, das instituições e da sociedade em geral, um mar de lama e de podridão... Convido e desafio todos os profissionais dos media a voltarem o seu interesse e a prestarem mais atenção ao que liberta, ao que purifica, ao que dignifica, ao que ajuda a dar vida nova e vida feliz, também àqueles que, por qualquer razão, caíram mas querem levantar-se... Todos ganhávamos e o mundo seria melhor e o futuro teria mais esperança..."

Raquel Abecassis é uma jornalista da Rádio Ranascença. Fiquei a conhecer num serão destes. Tem na vida esta pequena frase que leva para o seu trabalho: "Cristo resulta!É mais eficaz!"
E mais algumas reflexões partilhadas...
Perante a realidade, ou há uma atitude de pretença imparcialidade - o que é falso, porque acabam por afastar da realidade -, ou há uma atitude de deixar ser provodado pela mesma realidade e tomar a respectiva posição. Esta atitude é a que advogo.
No jornalismo, como na vida, há dois caminhos a percorrer, ou sabemos o que queremos ou somos escravos do poder.

Repito o lema da vida desta jornalista, Cristo resulta!É mais eficaz!