domingo, 26 de setembro de 2010

Viver na recordação...

Estou a ler um livro, que adquiri na minha ida a Granada, "Hasta la cumbre".
São os últimos exercícios, dados por um sacerdote, às Monjas Cistercienses.
Pois, após os exercícios vem a morrer no desporto que adorava, alpinismo.
Entre muito que escreveu, deixo esta pequena frase que me levou a "viajar":

O que somente vive da recordação vai triste porque perdeu o que amava.

E olhando os discípulos de Emaus, que regressavam a casa desanimados, vão tristes.
Quando descobrem que Jesus vive,voltam atrás a anunciar o Ressuscitado.
É necessário hoje testemunhar este Jesus que vive.
Acreditamos!?

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Factos contrariam as teorias


Oriento os leitores para o artigo seguinte, Bento XVI na Inglaterra. Para a introdução desse artigo, transcrevo a nota de Aura Miguel sobre a mesma visita.

Quando cheguei a Londres, no início da semana, o
panorama era negro, com todas as televisões e jornais
a traçar um retrato sombrio da Igreja Católica
e do Papa.
Quatro ou cinco comentadores, quase sempre os
mesmos, carregados de refl exões e racioncínios intelectuais,
encheram os tempos de antena com previsões
moralistas contra Bento XVI e os seus ensinamentos
fora de moda, ao ponto de alguns sugerirem
mesmo que ele se devia demitir.
Afi nal o Papa chegou ao Reino Unido e os factos contrariaram
a teoria deles.
Gente e mais gente a acolher Bento XVI e uma enorme
participação na primeira missa que celebrou.
Afi nal, o antigo Prémio Nobel Alexis Carrel já tinha
deixado o alerta. É que muiito raciocínio e pouca
observação conduz à mentira. E muita observação e
pouco racioncínio conduz á verdade.
Neste caso da visita do Papa, a realidade ganhou á
conjectura dos intelectuais

Bento XVI em Inglaterra

Papa Bento XVI, desculpe-nos...

Jornais ingleses moderam seu tom depois da visita papal

A revista satírica britânica Private Eye costuma publicar hipotéticas cartas de desculpas da imprensa quando a opinião que transmite sobre uma pessoa é desmentida pela realidade.
"Isso poderia ser aplicado à visita de Estado do Papa Bento XVI", afirma Dominic Lawson, editorialista de The Independent, em sua coluna de hoje, "Pope Benedict... an apology".
"O Papa. Uma desculpa. Queremos pedir desculpas por descrever Sua Santidade como o líder tirânico com botas militares de uma instituição corrupta empenhada no estupro de crianças e no extermínio de todo o continente africano. Agora aceitamos que é um homem idoso e doce, que fica feliz da vida quando beija os bebês e que este país tem muito a aprender da sua humanidade e preocupação pelos mais fracos da sociedade."
Com ironia, Lawson constata a mudança generalizada de tom da imprensa inglesa após a visita do Papa. O próprio Independent, constata, publicou comentários editoriais que "seriam impensáveis há uma semana".
"Quando alguém é qualificado como um monstro (ou ‘um velho vilão lascivo de batina', como disse Richard Dawkins) e surge como uma modesta figura acadêmica visivelmente incômoda com a grandiloquência política de uma visita de Estado, os opinadores percebem que seus leitores prefeririam um tom mais amável", afirma Lawson.
"Suspeito que é precisamente o caráter apolítico do Papa Bento XVI que lhe dá certo atrativo popular, inclusive àqueles que não são membros da Igreja Católica e que sem dúvida se sentem obrigados a seguir seus inamovíveis pronunciamentos doutrinais."
O colunista que foi diretor do Spectator conclui: "A humildade talvez seja a mais difícil das virtudes; os mais presuntuosos críticos laicistas do Papa poderiam aprender do seu exemplo".
Este não foi o único comentário. No "dia depois" da visita, segundo constata um informe de Catholic Voices, é evidente a moderação da imprensa inglesa de todos os âmbitos de opinião, assim como o unânime reconhecimento do êxito da visita, contra quase todos os prognósticos.
Repassando um a um os 5 principais cabeçalhos ingleses, em sua edição de segunda-feira, 20 de setembro, o informe mostra como foi a cobertura da beatificação do cardeal Newman no Cofton Park.

Os da esquerda:
Assim, The Guardian, representante da esquerda liberal, dedica duas página a uma reportagem sobre a beatificação, assinada pelo seu correspondente religioso, Stephen Bates.
Outra correspondente, Riazat Butt, afirma que "o êxito real desta viagem histórica não foi Bento XVI, mas seu rebanho, que desafiou as expectativas e a publicidade negativa para dar as boas-vindas ao Papa".
Na seção de comentários do jornal, um dirigente recorda aos leitores por que The Guardian apoiou a visita, "apesar do conservadorismo intransigente e às vezes cruel de Bento XVI", pois "se tratava de um assunto diplomático sério".
O editorial não acredita que o Papa tenha superado "a divisão religioso-leiga", mas tem algumas palavras críticas contra os manifestantes, que "talvez não vejam nenhuma conexão entre eles e as turbas antipapistas do passado, mas há um fracasso em dar à fé o respeito sincero que lhe é devido".
Na seção do defensor do leitor, destaca-se a crítica de muitos leitores com relação ao que consideram a "hostilidade instintiva da religião" por parte do jornal, ainda que o ombudsman alegue a extensa cobertura dada pelo The Guardian à visita.

Talvez a mudança mais sintomática tenha sido, como foi comentado no início desta notícia, o caso do The Independent, jornal que, durante o período anterior à visita, tornou-se porta-voz do setor laicista mais agressivo.
Em seu editorial de ontem, Benedict spoke to Britain, o jornal admitiu que a visita "foi melhor, inclusive muito melhor do que se poderia esperar", graças sobretudo "ao que o Papa disse e como disse", mostrando "que tem um lado mais cálido, mais humano e menos rígido do que parece de longe".
"E com relação às suas alusões a quão arriscado é para a tolerância desterrar a religião às margens, talvez ele tenha deixado uma Grã-Bretanha com a mente um pouco mais aberta que quando a encontrou", conclui o editorial de forma surpreendente.
Conservadores

Por sua parte, o Daily Mail, conservador, publicou um comentário assinado por Stephen Glover, no qual afirma que a visita "foi muito além" de um êxito que a própria hierarquia católica não esperava: "O Papa falou à alma do nosso país, afirmando as verdades morais eternas que nossos próprios líderes políticos e religiosos preferem evitar".
Um dos êxitos surpreendentes destacado por Glover foi o "rosto jovem" da Igreja Católica britânica; o editorial do jornal também critica os ateus radicais, contrários à visita: "Não têm nada a oferecer como caminho de esperança para os jovens nem para ninguém".

The Times não dedica um editorial, mas publica uma reportagem de Richard Owen, seu correspondente em Roma, que se surpreende com a ênfase do Papa no "pluralismo sadio" e nas "diversas tradições religiosas" da sociedade britânica, assegurando que "este não é o homem que foi eleito papa há 5 anos".

Por último, o Daily Thelegraph apresenta um Papa sorridente na capa e afirma que ele "parecia muito mais preocupado em reconduzir o diálogo entre a Igreja e a sociedade civil do que provocar conversões", ao mesmo tempo em que cita os "exageros laicistas".
(Por Inma Álvarez, Zenit, 2010-09-21)

sábado, 4 de setembro de 2010

O Islamismo

No meio de tantas notícias, desta vez apresento uma sobre o islamismo. De facto, ele está a crescer na europa.

Um dos missionários mais conhecidos no mundo, Pe. Piero Gheddo, considera que o chamado feito pelo líder líbio Muamar el Gadafi, durante sua visita oficial a Roma, a islamizar a Europa poderia se tornar realidade em poucas décadas.
Em declarações a ZENIT, este sacerdote do Pontifício Instituto Missões Exteriores (PIME), fundador da agência de informação missionária AsiaNews, missionário em vários continentes, autor de oitenta livros, considera que devemos levar a sério o excêntrico presidente e se perguntar qual é a resposta que os cristãos do velho continente oferecem.

A 29 de agosto, o líder líbio teve um encontro com quinhentas mulheres na Cidade Eterna, para proclamar que "o Islã deveria se converter na religião de toda a Europa". Antes, ele havia convidado-as à conversão e ao menos três delas afirmaram que concordariam.

Segundo Pe. Gheddo, as manifestações de Gadafi, longe de ser mero "folclore", como afirmaram representantes políticos italianos, poder-se-iam transformar em poucas décadas em realidade.

"Nenhum jornal (exceto "Avvenire" jornal da Conferência Episcopal Italiana ) levou em consideração seriamente como pode se responder a este desafio do Islã, que cedo ou tarde conquistará a maior parte da Europa."

O secretário da Congregação vaticana para a Evangelização dos Povos, arcebispo Robert Sarah, foi um dos poucos que levou a sério as declarações de Gadafi. Ele as qualificou numa entrevista concedida ao jornal romano "La Repubblica" (31 de agosto) de "provocação e "falta de respeito com o Papa e a Itália, país de maioria católica".

"O desafio deve ser levado à sério insiste Pe. Gheddo . Certamente, a partir de um ponto de vista demográfico, fica claro a todos que os italianos reduzem cerca de 120 ou 130 mil pessoas por ano por causa do aborto e das famílias que se separam; enquanto que entre os mais de 200 mil imigrantes legais por ano, na Itália, mais da metade são muçulmanos e as famílias islâmicas têm um nível de crescimento muito mais alto que de nossas famílias."

"Nos jornais e programas de televisão não se fala disso constata . Mas devemos dar uma resposta antes de tudo no campo religioso, cultural e de identidade. Na Europa cristã diminui a prática religiosa e se estende a indiferença, o cristianismo e a Igreja são atacados."

"Quando há notícias negativas sobre a Igreja, os jornais as publicam com grande realce, até mesmo com alegria. A Constituição Europeia pode ter sido aprovada apesar de que não mencionava as 'raízes cristãs' de nossa cultura e de nosso desenvolvimento. O fato é que, como povo, fazemo-nos cada vez mais pagãos, e o vazio religioso está inevitavelmente a ser preenchido por outras propostas e forças religiosas."

"Se nos consideramos um país cristão, deveríamos voltar à prática da vida cristã, que solucionaria também o problema dos berços vazios."

Para explicar o desafio lançado por Gadafi, o Pe. Gheddo ilustra a posição de outros expoentes islâmicos: "No ano de 2004, visitei a Malásia e o arcebispo da capital, Kuala Lumpur, mostrou-me o editorial do jornal local mais importante do país publicado em inglês ("The Star - The People's Paper"), que dizia: 'o Ocidente Cristão é rico, com bem-estar, educação, democracia, poder militar, mas vazio de ideais e filhos, porque não tem Deus. O Islã tem uma tarefa histórica: devolver Deus à Europa'".

O sacerdote missionário conclui com esta pergunta: "Por que nunca se fala de uma resposta a esta provocação, sumamente difundida entre os povos islâmicos, proclamada pela cultura local em voz alta?".

Neste mundo, como muitas outras coisas também nos preocupam, mais do nunca, é necessário mesmo confiar em Deus de Jesus Cristo. É um desafio a cada cristão que se empenhem cada vez mais, na evangelização.