terça-feira, 15 de maio de 2012

Obama e Matrimonio Gay... raizes...


Li um artigo “o declive do apreço pela vida humana: chaves culturais”, que analisa a nossa sociedade, na sua evolução ideológica, nos últimos tempos, reflectida no modo de viver hoje.

Li uma notícia, onde refere que Obama expressa o seu apoio ao “casamento gay”. Desta posição, houve reacções positivas ao apoio do presidente, mas também os bispos, através do presidente da Conferência Episcopal dos Estados Unidos, Cardeal Timothy Dolan, critica, em comunicado, a posição assumida pelo presidente do país, Barack Obama. “As declarações de hoje do Presidente Obama, em favor da redefinição do casamento, são profundamente tristes”.

No tal artigo, refere as chaves culturais que levaram a humanidade a ter tão pouco apreço da vida humana: o nominalismo, em que Deus é visto afastado, uma simples potencia, no fundo desconhecida, que criou o mundo; mas ao qual não se lhe conhece em sua intimidade. Estende-se o individualismo, como primeiro efeito, em todos os aspectos da vida social.
A negação da providência, o domínio do homem sobre si mesmo, onde não há lugar de encontro com Deus, constata-se hoje na sociedade, visível nas expressões como “eu cá tenho a minha fé” ou “confesso a Deus directamente” ou “…
A teoria de pactos da sociedade, onde a própria vida social se quer reger por acordos de interesses desde uma perspectiva utilitarista, perdendo valor para a sociedade.
Outra chave é o evolucionismo, com Darwin, onde se aponta a uma lei puramente físico-biológica.
Temos de considerar uma última chave, para entender a actual falta de apreço até da vida humana: uma série de revoluções sexuais que se estenderam ao longo do século XX: A prática abortiva que nasce na Rússia bolchevique; a caída do puritanismo como sistema moral; nos anos 20, o feminismo radical e a reivindicação de um reconhecimento público da homossexualidade que tem em comum a radical separação da sexualidade, entendida genitalmente, de qualquer significado de procriação.

Assim se contextualiza a sociedade actual, a posição de Obama, com os seus problemas e dificuldades.
Perante esta realidade, apresenta-nos diante dos cristãos uma tarefa imensa: reconstruir uma sociedade na que se descubra de novo a vida humana como o bem fundamental que partilhamos todos e cujo reconhecimento como sagrado, como não disponível para os interesses de outros ou da própria sociedade. Há que experimentar  profundamente a fecundidade do amor, algo muito maior que uma simples continuidade biológica já que nos introduz numa lógica de sobreabundancia.

É bom reflectir o que nos rodeia, parar e olhar para o que é essencial. Somos criados para louvar, amar e servir a Deus, nosso Senhor…

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