Acabei de ler um artigo de Ângela Silva, que transcrevo. Saí da leitura desanimado, mas...
Acabei também de saber de dois casais, ambos desempregados, que nem pão tiveram hoje (23 de Abril de 2009), para o pequeno almoço.
Eis um recado, realemente quem anda em Deus, nestes momentos vividos, mantém-se com forças e a lutar...
"Faltam seis meses – apenas seis meses – para as
eleições legislativas, mas apetecia que fosse hoje.
É dia a dia mais cansativo este compasso de espera
amargo, desesperançado e tosco para que o ciclo
político mude. Ganhe quem ganhar, o país precisa
de uma nova atmosfera que só as eleições ajudarão
a criar. Com novos protagonistas ou com estes relegitimados.
O ar que se respira é escasso, muito escasso. O
primeiro-ministro confessa sentir-se a arrastar uma
cruz, a líder da oposição propõe que o enriquecimento
ilícito seja crime e é desautorizada pelo
seu primeiro vice-presidente; o Presidente da República
insinua que Sócrates está a governar para
as estatísticas, Sócrates responde que está farto de
recados; o Procurador-Geral da República diz que
anseia por quebrar o segredo de Justiça nos processos
que envolvem poderosos, na banca não param os
casos de polícia."
"O primeiro-ministro diz que a televisão mais vista
não faz jornalismo mas caça ao homem, o director
da TVI chama-lhe cobarde; Cavaco faz um discurso
importante no próximo sábado, Sócrates antecipase
e vai à televisão pública mandar-lhe recados;
os processos entre jornalistas e o PM não param,
o Parlamento não consegue escolher um Provedor
de Justiça."
"O FMI não para de nos dar más notícias, o desemprego
aumenta, o défi ce também; Cavaco acha que
a política económica do Governo falhou e Sócrates
não tem soluções novas. Vende o Magalhães e aumenta
a escolaridade obrigatória ao 12º ano – boa
notícia – mas as escolas dizem não ter condições
para a cumprir."
"Em Junho há europeias, mas ninguém quer saber.
Há milhões que desconhecem Vital e Rangel. Para
as legislativas faltam seis meses mas apetecia que
fosse hoje. Não se pode antecipá-las?"
quinta-feira, 23 de abril de 2009
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Presidente da CEP fala de «ataques» à família
D. Jorge Ortiga deixa críticas à legalização do matrimónio entre homossexuais e à banalização do aborto
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. Jorge Ortiga, deixou esta Segunda-feira, 20 de Abril, duras críticas às políticas do governo em matérias relacionadas como o casamento, o aborto e a eutanásia.
O Arcebispo de Braga fez uma referência directa à tentativa de “redefinição legal do casamento (e, desse modo, do conceito de família), de modo a nele incluir uniões entre pessoas do mesmo sexo”, situação que classificou como “grave”. “A identidade própria da família” não pode “confundir-se com qualquer outro tipo de convivência”.
Mais à frente, D. Jorge Ortiga condenou a “banalização” do divórcio, afirmando que “as recentes alterações legislativas ao regime do divórcio, que o facilitam ainda mais e que tornam o casamento civil o mais instável dos contratos, não podem deixar de ser apontadas como sinal negativo”.
Para o Arcebispo de Braga, “os cidadãos têm o direito de saber qual a concepção de política familiar subjacente aos vários programas”, frisando que “seria bom que os candidatos apresentassem propostas reflectidas sobre estas questões, que são mais decisivas para o futuro da sociedade do que muitas outras que ocupam lugares de primazia em agendas partidárias e em primeiras páginas de jornais e noticiários”. “A desestruturação familiar chega a estar na origem de fenómenos tão graves como a toxicodependência e a delinquência juvenil. Mas mesmo quando não se atingem estes extremos, não pode dizer-se que será salutar uma sociedade onde a situação de crianças que não são simultaneamente educadas pelo pai e pela mãe deixou de ser excepção e passou a ser regra”, apontou o presidente da CEP.D. Jorge Ortiga disse também que “a convivência familiar é também, por vezes, a ocasião que propicia fenómenos de violência doméstica, que representam a completa perversão dos valores familiares”.“Sem descurar a acção dos sistemas policial e judicial na repressão deste fenómeno, há que salientar a importância da prevenção, o que também depende da educação e da preparação para o casamento”, indicou.
Aborto e eutanásia
As críticas do Arcebispo de Braga alargaram-se às “ameaças e atitudes de negação do direito a nascer e a viver”, apontando o dedo a uma “mentalidade deliberadamente anti-natalista”.D. Jorge Ortiga referiu que a “legalização do aborto” levou a uma “banalização crescente dessa prática”. “Como se revelam agora enganadoras as declarações de que a legalização permitira conter o número dos abortos, através de sistemas de aconselhamento”, acusa.O discurso do presidente da CEP passou ainda pelas “anunciadas propostas de legalização da eutanásia, que apresentam a morte como resposta ao sofrimento da doença e da fase terminal da vida”.“Há que valorizar a vida, mesmo na doença e na sua fase terminal. A doença não retira dignidade à vida”, defende D. Jorge Ortiga.Para a Igreja, prosseguiu, “a vida biológica, desde a concepção até à morte, possui uma sacralidade intrínseca, uma dignidade inalienável e originária que lhe confere um valor único e irrepetível”. O presidente do episcopado português aplaudiu “medidas recentes de aumento dos abonos de família ou de alargamento das licenças de maternidade e paternidade”, mas lembrou que persiste “a injustiça de um sistema fiscal que discrimina negativamente as pessoas casadas e que não tem em devida conta os encargos que os filhos representam”.Noutro âmbito, o Arcebispo de Braga apontou o dedo à “legislação, recentemente aprovada, que consagra a obrigatoriedade da disciplina de educação sexual, sem atender à necessidade de respeitar as convicções das famílias, pode vir a traduzir-se noutro atentado aos seus direitos”. “Atendendo a experiências já realizadas entre nós, são justificados os receios de que os programas dessa disciplina possam chocar com as concepções éticas das famílias em matéria tão delicada”, acrescentou.
Crise
Numa intervenção que abordou diversos temas da actualidade, D. Jorge Ortiga frisou que “o cenário de crise económica, que já se verifica e que tenderá a agravar-se nos próximos tempos, torna particularmente gravoso o futuro de muitas famílias”. “Esta crise económica poderá servir, precisamente, para descobrir novas formas de organização económica, mais fraternas e solidárias, mais à medida da pessoa e da família”, disse.O Arcebispo de Braga assinalou que “perante a crescente exclusão social, só uma verdadeira integração de todos – pessoas e grupos sociais – permitirá que a pobreza e a discriminação não proliferem”. Após falar no “espectro da pobreza, tantas vezes envergonhada”, este responsável observou que “a falência do sistema económico-financeiro exige uma solução global, onde a participação de cada um faça com que as coisas materiais sejam colocadas ao serviço do bem comum”.Neste contexto, D. Jorge Ortiga acusou os empresários que “abandonaram o barco com atitudes fraudulentas, não respeitando as mínimas exigências éticas” e os trabalhadores que “caminham na ilusão de acreditar em realidades que não existem”. “Só com maior sobriedade, austeridade e compromisso colectivo ultrapassaremos o que parece inevitável”, referiu.
O presidente da CEP deixou claro que “o direito ao trabalho é primário e condicionante da dignidade da pessoa humana”. “Negar ou não proporcionar que todos possam exercer uma actividade que permita o essencial para viver, significa gerar fenómenos de exclusão e marginalidade social, potencialmente causadores de insegurança, violência ou incapacidade de vida em comum no respeito por todos”, alertou, antes de referir ao “problema dos desempregados envergonhados, que nunca poderemos ignorar”.
Em conclusão, o presidente da CEP fez votos de que “Portugal tenha a certeza de que a Igreja acompanha os sofrimentos de todos para fazer alimentar a esperança num amanhã menos cansado, porque cheio de serenidade e alegria”.
“Com o Santo Condestável, inventemos modos novos de servir a causa do Evangelho para que, a partir da família, criemos condições para uma Igreja com futuro e um Portugal com esperança”, disse, lembrando a próxima canonização de Nuno Álvares Pereira.
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. Jorge Ortiga, deixou esta Segunda-feira, 20 de Abril, duras críticas às políticas do governo em matérias relacionadas como o casamento, o aborto e a eutanásia.
O Arcebispo de Braga fez uma referência directa à tentativa de “redefinição legal do casamento (e, desse modo, do conceito de família), de modo a nele incluir uniões entre pessoas do mesmo sexo”, situação que classificou como “grave”. “A identidade própria da família” não pode “confundir-se com qualquer outro tipo de convivência”.
Mais à frente, D. Jorge Ortiga condenou a “banalização” do divórcio, afirmando que “as recentes alterações legislativas ao regime do divórcio, que o facilitam ainda mais e que tornam o casamento civil o mais instável dos contratos, não podem deixar de ser apontadas como sinal negativo”.
Para o Arcebispo de Braga, “os cidadãos têm o direito de saber qual a concepção de política familiar subjacente aos vários programas”, frisando que “seria bom que os candidatos apresentassem propostas reflectidas sobre estas questões, que são mais decisivas para o futuro da sociedade do que muitas outras que ocupam lugares de primazia em agendas partidárias e em primeiras páginas de jornais e noticiários”. “A desestruturação familiar chega a estar na origem de fenómenos tão graves como a toxicodependência e a delinquência juvenil. Mas mesmo quando não se atingem estes extremos, não pode dizer-se que será salutar uma sociedade onde a situação de crianças que não são simultaneamente educadas pelo pai e pela mãe deixou de ser excepção e passou a ser regra”, apontou o presidente da CEP.D. Jorge Ortiga disse também que “a convivência familiar é também, por vezes, a ocasião que propicia fenómenos de violência doméstica, que representam a completa perversão dos valores familiares”.“Sem descurar a acção dos sistemas policial e judicial na repressão deste fenómeno, há que salientar a importância da prevenção, o que também depende da educação e da preparação para o casamento”, indicou.
Aborto e eutanásia
As críticas do Arcebispo de Braga alargaram-se às “ameaças e atitudes de negação do direito a nascer e a viver”, apontando o dedo a uma “mentalidade deliberadamente anti-natalista”.D. Jorge Ortiga referiu que a “legalização do aborto” levou a uma “banalização crescente dessa prática”. “Como se revelam agora enganadoras as declarações de que a legalização permitira conter o número dos abortos, através de sistemas de aconselhamento”, acusa.O discurso do presidente da CEP passou ainda pelas “anunciadas propostas de legalização da eutanásia, que apresentam a morte como resposta ao sofrimento da doença e da fase terminal da vida”.“Há que valorizar a vida, mesmo na doença e na sua fase terminal. A doença não retira dignidade à vida”, defende D. Jorge Ortiga.Para a Igreja, prosseguiu, “a vida biológica, desde a concepção até à morte, possui uma sacralidade intrínseca, uma dignidade inalienável e originária que lhe confere um valor único e irrepetível”. O presidente do episcopado português aplaudiu “medidas recentes de aumento dos abonos de família ou de alargamento das licenças de maternidade e paternidade”, mas lembrou que persiste “a injustiça de um sistema fiscal que discrimina negativamente as pessoas casadas e que não tem em devida conta os encargos que os filhos representam”.Noutro âmbito, o Arcebispo de Braga apontou o dedo à “legislação, recentemente aprovada, que consagra a obrigatoriedade da disciplina de educação sexual, sem atender à necessidade de respeitar as convicções das famílias, pode vir a traduzir-se noutro atentado aos seus direitos”. “Atendendo a experiências já realizadas entre nós, são justificados os receios de que os programas dessa disciplina possam chocar com as concepções éticas das famílias em matéria tão delicada”, acrescentou.
Crise
Numa intervenção que abordou diversos temas da actualidade, D. Jorge Ortiga frisou que “o cenário de crise económica, que já se verifica e que tenderá a agravar-se nos próximos tempos, torna particularmente gravoso o futuro de muitas famílias”. “Esta crise económica poderá servir, precisamente, para descobrir novas formas de organização económica, mais fraternas e solidárias, mais à medida da pessoa e da família”, disse.O Arcebispo de Braga assinalou que “perante a crescente exclusão social, só uma verdadeira integração de todos – pessoas e grupos sociais – permitirá que a pobreza e a discriminação não proliferem”. Após falar no “espectro da pobreza, tantas vezes envergonhada”, este responsável observou que “a falência do sistema económico-financeiro exige uma solução global, onde a participação de cada um faça com que as coisas materiais sejam colocadas ao serviço do bem comum”.Neste contexto, D. Jorge Ortiga acusou os empresários que “abandonaram o barco com atitudes fraudulentas, não respeitando as mínimas exigências éticas” e os trabalhadores que “caminham na ilusão de acreditar em realidades que não existem”. “Só com maior sobriedade, austeridade e compromisso colectivo ultrapassaremos o que parece inevitável”, referiu.
O presidente da CEP deixou claro que “o direito ao trabalho é primário e condicionante da dignidade da pessoa humana”. “Negar ou não proporcionar que todos possam exercer uma actividade que permita o essencial para viver, significa gerar fenómenos de exclusão e marginalidade social, potencialmente causadores de insegurança, violência ou incapacidade de vida em comum no respeito por todos”, alertou, antes de referir ao “problema dos desempregados envergonhados, que nunca poderemos ignorar”.
Em conclusão, o presidente da CEP fez votos de que “Portugal tenha a certeza de que a Igreja acompanha os sofrimentos de todos para fazer alimentar a esperança num amanhã menos cansado, porque cheio de serenidade e alegria”.
“Com o Santo Condestável, inventemos modos novos de servir a causa do Evangelho para que, a partir da família, criemos condições para uma Igreja com futuro e um Portugal com esperança”, disse, lembrando a próxima canonização de Nuno Álvares Pereira.
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Será a "Febre do ouro" em Portugal?
Portugal está doente. A doença não tem nada a ver com pobreza e desemprego, passa ao lado do défice e educação, é independente da crise internacional. Isto são sintomas, coincidências, analgésicos ou até parte da cura.O problema é pior e é bem conhecido. Começou pelo enriquecimento fácil na Europa. Passou a endividamento acelerado no euro.
Agora é suspeita generalizada em todo o lado. O nosso drama é fartura prometida mas falhada, direitos adquiridos sem razão, sucesso que os outros parecem ter e eu não.
É a velha febre do ouro.A nossa desgraça é toda a gente achar que há muitos bandidos e ficam impunes. Não porque sejamos roubados, porque até nem somos. Mas porque assim ninguém cumpre o seu dever, e muito menos se sacrifica pelo país, porque sente que mais ninguém o faz.
O nosso mal é desconfiar de árbitros e dirigentes desportivos, desesperar dos tribunais, suspeitar de ministros, construtoras, investidores, directores-gerais, funcionários. Até de juízes e magistrados. Portugal não é corrupto. Mas, como pensa ser, a corrupção fica justificada. A suspeita da aldrabice é pior que a patifaria. O primeiro-ministro recebeu subornos? Não sabemos. Nunca saberemos. Isso é pior que se recebesse.
Tivemos a mesma doença há 450 anos. Primeiro veio o enriquecimento fácil no Império. Depois o endividamento acelerado, que levou D. Sebastião a falir na dívida externa em 1560. Tudo acabou com a perda da nacionalidade em 1580.
Desta vez os sintomas não são tão graves. A Europa é menor que o Império.
Mas Portugal tem de curar esta febre do ouro.
Cfr. João César das Neves naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt
Agora é suspeita generalizada em todo o lado. O nosso drama é fartura prometida mas falhada, direitos adquiridos sem razão, sucesso que os outros parecem ter e eu não.
É a velha febre do ouro.A nossa desgraça é toda a gente achar que há muitos bandidos e ficam impunes. Não porque sejamos roubados, porque até nem somos. Mas porque assim ninguém cumpre o seu dever, e muito menos se sacrifica pelo país, porque sente que mais ninguém o faz.
O nosso mal é desconfiar de árbitros e dirigentes desportivos, desesperar dos tribunais, suspeitar de ministros, construtoras, investidores, directores-gerais, funcionários. Até de juízes e magistrados. Portugal não é corrupto. Mas, como pensa ser, a corrupção fica justificada. A suspeita da aldrabice é pior que a patifaria. O primeiro-ministro recebeu subornos? Não sabemos. Nunca saberemos. Isso é pior que se recebesse.
Tivemos a mesma doença há 450 anos. Primeiro veio o enriquecimento fácil no Império. Depois o endividamento acelerado, que levou D. Sebastião a falir na dívida externa em 1560. Tudo acabou com a perda da nacionalidade em 1580.
Desta vez os sintomas não são tão graves. A Europa é menor que o Império.
Mas Portugal tem de curar esta febre do ouro.
Cfr. João César das Neves naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt
"O Papa está certo"
Esta afirmação é do médico Edward Green, uma das maiores autoridades mundiais no estudo das formas de combate à expansão da SIDA. Ele é director do Projecto de Investigação e Prevenção da SIDA do Centro de Estudos sobre População e Desenvolvimento da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Uma das instituições educacionais mais prestigiadas do mundo.Edward C. Green diz que as Nações Unidas ignoraram os resultados de um estudo que encomendaram a Norman Hearst e Sanny Chen, da Universidade da Califórnia, após, em 2003, os investigadores terem concluído pela não existência de evidências que os preservativos estivessem a resultar como forma primária de prevenção do HIV em África.
O médico diz que este dado tem sido confirmado em diversos grandes artigos de revistas cientificas como a Lancet, Science e BMJ, referindo um artigo publicado no ano passado na Science onde 10 especialistas consideram que "o uso consistente de preservativos não atingiu um nível suficientemente alto, mesmo após anos de campanhas alargadas e agressivas para a sua promoção, de modo a fazerem descer o número de novas infecções e das epidemias generalizadas na África Sub-Sahariana". "Eu sou um liberal nas questões sociais e isso é difícil de admitir, mas o Papa está realmente certo. A maior evidência que mostramos é que os preservativos não funcionam como uma intervenção significativa para reduzir os índices de infecção por HIV na África."O estudioso aponta que a contaminação por HIV está em declínio em oito ou nove países africanos. E diz que em todos estes casos, as pessoas estão diminuindo a quantidade de parceiros sexuais.
As campanhas feitas até agora não resultaram porque deveriam chamar a atenção para evitar ter mais de um parceiro sexual. É o que se tem feito em alguns (poucos) países com resultados bem visíveis. O médico lembra que o chamado programa ABC (abstinência, fidelidade e preservativo – este só em último caso), está a funcionar no Uganda, tendo-se mostrado eficiente para diminuir a contaminação de 30% para 7%.
M. V. (in "O Amigo do Povo")
O médico diz que este dado tem sido confirmado em diversos grandes artigos de revistas cientificas como a Lancet, Science e BMJ, referindo um artigo publicado no ano passado na Science onde 10 especialistas consideram que "o uso consistente de preservativos não atingiu um nível suficientemente alto, mesmo após anos de campanhas alargadas e agressivas para a sua promoção, de modo a fazerem descer o número de novas infecções e das epidemias generalizadas na África Sub-Sahariana". "Eu sou um liberal nas questões sociais e isso é difícil de admitir, mas o Papa está realmente certo. A maior evidência que mostramos é que os preservativos não funcionam como uma intervenção significativa para reduzir os índices de infecção por HIV na África."O estudioso aponta que a contaminação por HIV está em declínio em oito ou nove países africanos. E diz que em todos estes casos, as pessoas estão diminuindo a quantidade de parceiros sexuais.
As campanhas feitas até agora não resultaram porque deveriam chamar a atenção para evitar ter mais de um parceiro sexual. É o que se tem feito em alguns (poucos) países com resultados bem visíveis. O médico lembra que o chamado programa ABC (abstinência, fidelidade e preservativo – este só em último caso), está a funcionar no Uganda, tendo-se mostrado eficiente para diminuir a contaminação de 30% para 7%.
M. V. (in "O Amigo do Povo")
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