Em 2001, um livro me marcou. Acabado de ser publicado, ajudou-me no meu crescimento espiritual.
Vem isto a propósito, porque acabou de ser votado a favor, na Assembleia da República, o diploma sobre o casamento homossexual. Tal como no livro, pergunto, “a homossexualidade, tal como no-la apresentam os programas de televisão, cheios de compreensão e aceitação, será mesmo apenas outra opção, um direito de igual dignidade e realização?”
As pessoas homossexuais merecem, à partida, a nossa compreensão e precisam da nossa ajuda sem qualificar a situação imediatamente como culpa e pecado, embora não se possa deixar de se falar de homossexualidade como perversão : ela é uma versão errada da sexualidade humana, mesmo que não haja culpa.
A homossexualidade não é uma opção, precisamente porque o homossexual não pode, nem consegue escolher. Sofre mesmo de uma fixação psicológica. Os ditos “assumidos” não fizeram mais do que resignar-se a tornar pública essa situação. Mas não há escolha do “objecto sexual”.
A homossexualidade não é constitucional. É sempre fruto do processo de identificação e identidade do sexo psicológico em consonância com o genital.
Não é uma degenerescência, o processo é psicológico, ao nível da formação de identidade, dependendo sobretudo das experiências traumáticas da primeira infância ou de orientações de fuga ligadas a falhanços, ou a fundos sentimentais de inferioridade, com fixações no mais fácil e infantil.
A homossexualidade não é algo que seja dado ou paralelo aos caracteres sexuais secundários. Na realidade, o que existe são homens ou mulheres. Não há um terceiro género.
É preciso dizer ainda que a homossexualidade tem um carácter neurótico e corresponde sempre a uma fixação no processo de evolução e maturação sexual que fica bloqueada – infantil – onde há ainda indefinição, não chegando a identificar-se com o sexo genital de base existente desde o primeiro momento. Torna-se estruturante.
Perante o que foi dito, perante tantos lobys existentes na sociedade, no meio político, podemos perguntar, para onde vamos?
Nesta sociedade em que tudo é relativo, é necessário cada vez mais um verdadeiro testemunho. Só podemos encontrá-lo em Jesus Cristo. Ele é a novidade que a fé cristã oferece de um outro ponto de partida, novo ponto de chegada, bem como novo envolvente.
É um desafio que volto a deixar: conhecer Cristo! Aceitam-no?
PS: cf. O Olhar e o ver, de Pe. Vasco Pinto de Magalhães, s.j.
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