"Politica", palavra de origem grega, que significa, "cidade-casa", isto é, tomar a cidade como nossa casa, e governá-la bem.
Hoje perdeu-se este sentido comunitário de fazer política, porque perdeu-se a responsabilidade de defender o bem comum.
E o que é o bem comum?
A Doutrina Social da Igreja, na encíclica Pacem in Terris, de 1963 pelo Papa João XXIII, define-se:
"O bem comum consiste no conjunto de todas as condições de vida social que consistam e favoreçam o desenvolvimento integral da personalidade humana".
Por isso não admira de ler o texto que se segue, de Aura Miguel:
Surgem arrogantes e soberbos e tratam-nos com
desprezo. Como se tivéssemos feito asneira. Entrincheirados
nos cargos que ocupam, castigam-nos
com pesadas medidas, indiferentes aos reais problemas
das pessoas.
Tiram-nos do bolso para manter “jobs” e alimentar
serviços que escandalosamente só a eles (e aos seus
amigos) beneficiam.
Estou a falar dos nossos políticos, claro: enquanto
for dando, ficam por cá a desgovernar o país, mentindo,
se for preciso, para nos convencer de que
fazem o melhor por Portugal.
Mas, se aparece um tacho melhor, é vê-los
dar o salto e abandonar o país e,
depois, do lado de lá, fazerem apelos à
responsabilidade nacional – que é coisa
que eles próprios nunca tiveram.
Estamos num descalabro e eles mantêm-
se inimputáveis.
Que bom seria se acontecesse como
na Islândia haver um tribunal especial
para julgar a negligência do Primeiro-ministro
e do seu Executivo que levou
ao colapso do país.
E aqui ninguém faz nada?
(Página 1 - RR, 2010.10.01)
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