domingo, 26 de novembro de 2023

Ação Católica e Movimento da Mensagem de Fátima

 

    No passado dias 9, 10 e 11 de novembro, decorreu em Fátima a reunião do Episcopado Português, onde como ponto único em cima da mesa, encontra-se as Bases da Ação Católica, sua aprovação e discussão de pontos para a divulgação e expansão.

    Podia-se hoje iniciar uma notícia com este teor, contudo, tal reunião ocorreu em 1933. Faz este mês 90 anos. Foi um marco importante não só para a Ação Católica, como para o Movimento da Mensagem de Fátima.

Dia de Cristo Rei, estou a escrever algumas linhas sobre este acontecimento.

Assim, na referida reunião plenária do Episcopado Português, aprovou-se as Bases em que assenta a Ação Católica Portuguesa. Nelas, é explícito o objetivo da Ação Católica ao propor a «difusão, a atuação e a defesa dos princípios católicos na vida individual, familiar e social»

    Coloca-se sob a proteção de Cristo-Rei e de Nossa Senhora de Fátima, sendo o seu dia de festa, dia de Cristo-Rei. 

    Tem como fontes de receita, indispensáveis à consecução dos seus fins, as cotas. Para uma melhor organização e recolha de cotas e fundos pelas dioceses, o Episcopado Português criou “um organismo que se proponha fazer coleta geral entre os católicos de todas as classes e condições”, organismo esse, que virá a ser a “Pia União dos Cruzados de Fátima”, hoje com a designação de Movimento da Mensagem de Fátima. 

    A consecução desse objetivo aparece na Nota Oficiosa do Episcopado Português de 16 de novembro de 1933, no programa geral para a Junta Central: executar no espaço de um ano, a organização  e estruturação dos “Cruzados de Fátima”, como obra auxiliar da Ação Católica, pelas dioceses portuguesas.

São alguns breves apontamentos de alguém que se encontra a trabalhar com objetivo de virmos a ter por escrito a história da Ação Católica, mais, a história do Movimento da Mensagem de Fátima.



sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Inconsciências


 
O viver em sociedade, em relação com o outro, é difícil, contudo DESAFIANTE.


Pode provocar desconforto, alguma dor, incompreensão, mais quando o outro mergulha no "desconhecimento" do outro.

E de facto, cai-se muitas vezes na murmuração, derivado desse desconhecido da realidade do outro que procuramos muitas vezes controlar. 

Procuramos controlar, mais quando desempenhamos papeis de chefia, derivado a muitas inseguranças que partem das próprias experiências que tivemos. Pode ser doentio esse controlo. 

No fundo, pode ser que não queiramos que façam a nós, o que já fizemos ao outro para conseguir determinados fins, propósitos. 

Por outro lado, cada um tem a sua própria realidade e direito à privacidade. 

Este direito é imperativo, mesmo perante a sociedade, que pode não compreender, muitas vezes por se encontrar no estado de ignorância perante o outro. 

Acontece normalmente em relações laborais.

Perante isto, surge-me agora uma frase de Santo Inácio, "Só Deus basta!" 

Construir a nossa vida na sociedade, ancorada em Deus... TRANQUILO!

Inconsciências... Acaba-se de agir de forma inconsciente muitas vezes...

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Ser Coerente

 Começo por ir ao google, buscar definição de "coerente" e transcrevo: 

«Coerente é alguém ou algo que contém coerência e coesão, ou seja, age e é permeado com lógica e autenticidade. Ser coerente é ser racional, quando alguém consegue utilizar de uma sequência de informações lógicas para transmitir uma mensagem, evitando contradições ou dúvidas sobre determinado assunto»

Por aquilo que vejo à minha volta e que toca naquilo que procuro viver, constato muitas contradições. Transmitir o que se vive é difícil. É uma "doença" transversal em todas as realidades. Está bem presente o ditado português, "bem prega Frei Tomás: faz o que eu digo, não faças o que eu faço".

Abraçar um projeto educativo e procurar criar um espaço para as crianças é uma grande responsabilidade, pois passa por um trabalho também com os pais, passa muito pelo que se vive em casa e que se procura transmitir. Assim, tenho muito orgulho da família que tenho. 

Com o nosso filho, procuramos fazer uma caminhada, onde o projeto educativo baseado na pedagogia Montessori, está a dar frutos. Agora vejo muitos outros educadores que são incoerentes, pois procuram criar / lançar espaços para crianças e a sua criança anda na escola tradicional, traz trabalhos para casa... Um processo educativo que não se coaduna com o que se quer abraçar.

Isto a propósito de uma notícia que surgiu sobre o surgimento de um espaço Montessori na zona centro... Espero, muito em breve criar um espaço também, para transmitir o que tenho procurado viver em Casa, pois somos uma "FAMILIA MONTESSORI".

Sejam coerentes! 

quinta-feira, 11 de agosto de 2022

 "Yπάρχουν μέρες που είναι δύσκολο να περπατάς μόνος με τον Θεό!"

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Ser positivo


O ser e o parecer na sociedade actual, predomina a segunda faceta mais do que a primeira. É uma constatação real em todos os espaços que percorro.
Este facto é tão importante, que interfere no olhar do outro como ser diferente, com suas características, qualidades e defeitos. Interfere se queremos ver o lado positivo do outro, da realidade que nos circunda. Vivemos em estado dicotómico entre o positivo e o negativo do olhar.
Viver o lado positivo da vida, é ver o essencial, é procurar crescer.
É, numa relação, colocar em relevo somente o lado positivo de uns e outros, crescer a estima, aumentar a confiança e prevalecer o amor recíproco.
Ressaltar o positivo do outro é um estado que se cria, com treino no olhar.

Vivemos constantemente na crítica, no procurar o lado errado da vida no outro, sempre apontar o que se fez mal e NUNCA se olha para o que se fez bem. Assim estamos a treinar para o defeito e não para a virtude; para o negativo e não para o positivo.

Vivemos em contrastes constantes, onde predomina o lado negativo da vida.
Procuremos inverter e ver o POSITIVO que existe, pois esse olhar é que nos conduz para o que é essencial da vida, relembrando o Princepezinho...


segunda-feira, 4 de junho de 2018

Educar um filho...



No dia da criança, participei num evento onde se falava sobre o lugar das crianças, doentes e idosos na sociedade. Estou com um filho de quase 18 meses e o que ouvi, levou-me a reflectir alguns tópicos na educação do meu filho e o que estou com minha esposa a fazer bem… Sim.. a fazer bem.

Dentro da escuta ativa, dois elementos preponderantes estamos a dar ao nosso filho, com algumas/muitas dificuldades, principalmente da parte da mãe: Tempo… tempo de brincar, de estar, de aprender, de dialogar, de passear… e Amor… amando-o tal como ele é, pois ele é o protagonista, e nós somos simplesmente um instrumento para que ele cresça no amor, na graça e estatura. Este é a educação… pois etimologicamente, educar é “conduzir para fora”, é orientar para a sociedade, para a superação das dificuldades desde o andar, comer, mastigar, falar, aprender, compreender…
Como um participante do colóquio referiu, colocando a regra dos três “Cês”, Calma, Consistência, Coerência e acrescento, dentro do mar do amor.

No regresso a casa, ao ao ouvir Rui de Carvalho, de como ele e a esposa educaram seus filhos, foi um pouco o replay do que tinha acabado de ouvir: Tempo e Amor.

É bom o tempo que estou a viver, como pai, em família..

Um aparte, no mesmo colóquio, focou-se que temos uma escola , que é o espelho da sociedade em que vivemos: onde a aparência reina, onde a mudança é dificultada, onde se abafa a criatividade da criança que aprende… 
E refleti, é necessário mudar, mas como? Começando com aqueles e aquilo que nos rodeia, na escola onde estão os nossos filhos, participando mais na educação que a escola dá...

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Caminho... ser peregrino sempre


Esta consciência de estarmos sempre em caminho é elemento intrínseco do nosso estar no mundo. De facto, somos seres imperfeitos à procura da perfeição que a encontramos em Deus.

Numa entrevista, P. Adolfo Nicolás, superior geral da Companhia de Jesus, recentemente nomeado, sublinha esta ideia do caminho. Coloca nesta visão do mundo, um dos maiores desafios de hoje do ser cristão.
A partir da expressão de Jesus, «Eu sou o caminho, a verdade e a vida», P. Adolfo sublinha que as religiões asiáticas são religiões ou espiritualidades do Caminho: xintoísmo, confucionismo, budismo, kendo, aikido, etc; a Europa e EUA preocupam-se com a Verdade; A África e a América Latina são vida e mantém vivos os valores (amizade, familia, crianças, etc) de que noutras partes do mundo se esquecem.
Continuando a seguir a entrevista, P. Adolfo refere que Sto Inácio interessa-se mais pelo Caminho, isto é, em como crescer e ser transformado em Cristo, do que por outras coisas. O desafio para os cristãos - continua -, é que precisamos de todos, de todas as sensibilidades de todos os continentes, para atingirmos a plenitude de Cristo, que também é a plenitude da nossa humanidade.
Temos um caminho a percorrer, conscientes que o alcançaremos.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Cristo das Trincheiras no Santuário de Fátima


Considerada uma das peças emblemáticas da participação de Portugal na Primeira Guerra Mundial, o “Cristo das Trincheiras”, propriedade da Liga dos Combatentes, integrará a próxima exposição temporária do Santuário de Fátima.
A inaugurar às 14:30 de 29 de novembro, no Convivium de Santo Agostinho, na zona da Reconciliação da Basílica da Santíssima Trindade, a exposição intitular-se-á “Neste vale de Lágrimas” e terá como dois principais propósitos a evocação da aparição de agosto de 1917 e o período da Primeira Grande Guerra Mundial.

E a propósito deste facto, lembramos a primeira vez que a referida imagem esteve no Santuário de Fátima e sua história nos campos de batalha...

A imagem do Cristo crucificado estava numa intersecção de estradas, no sector português da Flandres, entre as localidades de Lacouture e Neuve-Chapelle. A figura era uma companhia diária dos soldados portugueses e, tal como eles, sofreu duramente com a ofensiva alemã de 9 de Abril de 1918, que ficou conhecida como a Batalha de la Lys. No final dos bombardeamentos, a imagem perdera uma das mãos, parte das pernas, ambos os pés e tivera o peito atravessado por uma bela. Neuve-Chapelle tinha sido quase varrida do mapa, os mortos portugueses ascendiam a mais de 7500, mas o Cristo, ainda que mutilado, continuava no seu lugar.

A imagem estava tão entranhada nas memórias dos soldados que viveram esse dia que, em 1958, o Governo Português pediu ao Governo Francês que deixasse o Cristo vir para Portugal. A imagem, que permanecera no mesmo local, nos 40 anos que se tinham passado desde o final da guerra, foi então transportada de avião para Lisboa a 4 de Abril de 1958 e, quatro dias depois, de carro para a Batalha.

Foi neste percurso, que a imagem passou pelo Santuário de Fátima, onde esteve algumas horas. Acompanharam os ilustres visitantes o Subsecretário da Aeronáutica, Tenente-coronel Kaulza de Arriaga, General Costa de Macedo, o Brigadeiro Delgado, e Major Tamagnini Barbosa, com membros da comitiva e parlamentares que da França se deslocaram a Portugal, onde se detacava o Subsecretário do Ar da República Francesa, Sr. Luís Christiaens. 

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Papas e Fátima... século XX

A propósito da beatificação de Paulo VI e a sua relação próxima com o Santuário de Fátima, com a Mensagem de Fátima, levou-se à passagem da terceira Parte do Segredo de Fátima:
 
J. M. J.
A terceira parte do segredo revelado a 13 de Julho de 1917 na Cova da Iria – Fátima.
Escrevo em acto de obediência a Vós Deus meu que mo mandais por meio de sua Ex.cia Rev.ma o Senhor Bispo de Leiria e da Vossa e minha Santíssima Mãe.
[…]
…um Bispo vestido de branco “tivemos o pressentimento de que era o Santo Padre” […]; o Santo Padre, antes de chegar aí, atravessou uma grande cidade meia em ruínas, e meio trémulo com andar vacilante, acabrunhado de dôr e pena, ia orando pelas almas dos cadáveres que encontrava pelo caminho; chegado ao cimo do monte, prostrado de joelhos aos pés da grande Cruz foi morto por um grupo de soldados que lhe dispararam vários tiros e setas.”

         Com o eco “Penitência! Penitência! Penitência” que percorre toda a terceira parte, surge o excerto, acima transcrito, a fazer referência ao Santo Padre, amor predilecto da pequena Jacinta, uma das videntes de Fátima.

Percorrendo o olhar pelo século 20, deparamos com a beatificação e canonização de três papas, todos eles próximos de Fátima: além de Paulo VI, temos João XXIII e João Paulo II. Já Pio XII, já foi considerado venerável pelo Papa Bento XVI, em 2009.

Razão tinha os pequenos videntes para rezarmos pelo Santo Padre, que muito sofre. O Século 20 foi um século de muito sofrimento com as duas guerras mundiais a destacarem, além das ideologias, onde Deus foi colocado de lado, como o existencialismo, o ateísmo…

         Neste último domingo, ocorreu a beatificação de Paulo VI, dia 19 de Outubro e por coincidência, dia de aniversário do Reitor do Santuário de Fátima, Pe. Carlos Manuel Pedrosa Cabecinhas.

É a Igreja militante que caminha, peregrina até à "cidade celeste", como menciona o Apocalipse.


Tantos aspectos a reflectir…

sexta-feira, 13 de junho de 2014

O crucifixo não ofende ninguém, mas inquieta...

Nestes últimos tempos, pela Europa, principalmente, temos assistido a movimentos contra manifestações religiosas, principalmente contra o Cristianismo.
Surgiu, nos vários artigos desta temática uma palavra que expressa bem o tempo em que vivemos: CRISTOFOBIA. Porquê?
Será que Cristo mete medo ou temos medo de nos comprometer em Cristo? É que Cristo incomoda. Vemos isso nas acções deste Papa Francisco. É frontal, mas também carinhoso para com os pecadores. Tal como Cristo o foi.
Nesta manhã, estes pensamentos apareceram, pois deparei com uma referência de um movimento contra a presença de crucifixos nos hospitais. Uma extensão da acção para a eliminação da presença do crucificado em lugares públicos, pois dizem é um atentado contra a liberdade de expressão...
Eis o documento:

Cristo molesta. Su imagen en la cruz puede causar infecciones, graves enfermedades, serios problemas de salud. Eso dice Compromís, una coalición formada por nacionalistas y comunistas que exige la retirada de los crucifijos de las habitaciones de los hospitales y si tú y yo no lo evitamos, va a presentar una moción en las Cortes valencianas para borrar la Cruz del espacio público. 
Pide al director del hospital donde se ha iniciado esta campaña, en Castellón, que no ceda a esta nueva ofensiva contra los símbolos religiosos de la mayoría.
Sabes que si lo consiguen, después de Castellón vendrá Valencia, y luego Barcelona, y luego Madrid... y el resto de España.
Dice el partido que encabeza esta campaña contra los creyentes (y cuenta con representación en el Congreso de los Diputados) que los enfermos de los hospitales no deben ver "un cuerpo semidesnudo, famélico y lleno de heridas clavado en una cruz".
Ningún paciente se ha quejado por la presencia de crucifijos en las habitaciones. Tampoco lo han hecho los médicos, ni las enfermeras, ni nadie. Solo ese grupo político que quiere acabar con los símbolos religiosos de la mayoría pasando por encima de la voluntad de esa misma mayoría.
Para este grupo de nombre tan inadecuado, Compromís (Compromiso), la simple presencia del crucifijo es ofensiva y con su propuesta de barrer todos los símbolos religiosos buscan fustigar a los creyentes, expulsarnos de la vida pública. Porque para construir el mundo que pretenden imponernos, la imagen de Cristo es un obstáculo insalvable y necesitan derribarla a cualquier precio.
Compromís va a presentar una moción en las Cortes Valencianas por la retirada de los crucifijos del Hospital Provincial de Castellón. Y continuarán persiguiendo cualquier manifestación de religiosidad hasta arrinconarla definitivamente. Depende de ti y de mi, de todos nosotros, plantarles cara y defender nuestras creencias.

Segue a hipotética carta para o director do hospital: 
Dr. Rafael Arce, director gerente:

He sabido que, desde determinados sectores, se está exigiendo la retirada de los crucifijos que hay en las habitaciones del Hospital Provincial de Castellón que usted dirige por considerar que resultan ofensivos y que atentan contra la aconfesionalidad del Estado.

Con todo respeto, le pido que no ceda al chantaje del laicismo intolerante que pretende expulsar del espacio hospitalario un símbolo no sólo profundamente venerado y respetado por los creyentes, en el que, además, muchos encuentran consuelo en la enfermedad, sino un elemento indiscutible de nuestra identidad cultural cristiana.

Tengo la seguridad de que sabrá usted hacer frente a esta pretensión intolerante. Si es así, le doy las gracias anticipadas por defender la razón frente a la intransigencia.